A Utilização do Livro Didático

“O livro didático(...) tem sido apontado como o grande vilão do ensino no Brasil. Diante dos grandes problemas educacionais, dos Parâmetros Curriculares Nacionais e do baixo desempenho dos alunos em testes padronizados, muitos educadores apontam o livro didático como o grande obstáculo a impedir mudanças significativas nas salas de aula. Alguns chegam a afirmar que ele deve ser simplesmente retirado do alcance do professor para que as mudanças possam de fato ocorrer”. Nélio Bizzo (1999).
E você, concorda com a afirmação do autor? Qual sua análise sobre o uso do livro didático na sua prática pedagógica? Como você utiliza os textos, gravuras e outras informações nele contidas? O livro didático que você utiliza em sala de aula é correto do ponto de vista conceitual? Qual a metodologia de ensino nele proposta? E os exercícios, evitam a transcrição de texto? O livro previne preconceitos e evita estereótipos diversos?
Debata essas e outras questões que achar importantes com seus colegas neste fórum.

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Mágni escreveu:

Segundo a Fundação Biblioteca Nacional o livro, basicamente, tem três funções: o livro objeto, o livro funcional e o livro literário. O livro é objeto quando o consideramos um investimento, um elemento de decoração ou um símbolo de status; é funcional quando é utilizado para a prática a que se destina; e é literário quando proporciona o diálogo entre o autor e o leitor. Ademais, de acordo com Robert Escarpit: “a função do livro permanecerá como sempre foi, isto é, a possibilidade de ter à mão uma máquina que contém informação, mas que, ao mesmo tempo, tem o mérito de poder ser interrogada livremente por quem quiser. De duas maneiras: uma pode ser puramente informativa (. . . ), [e a outra] a melhor e mais verdadeira (. . . ) será a literária “. Assumindo esse pressuposto, o livro didático se enquadra em qualquer dessas funções:como objeto, quando fica guardado na estante servindo como enfeite; como funcional, quando é utilizado pelo professor e pelo aluno, possibilitando um aproveitamento informativo; e,como literário, quando possibilita uma utilização projetiva na quais as mensagens invadem o leitor “que responde a esses estímulos escrevendo na sua cabeça, no seu coração, o livro que quiser escrever”, refazendo-o. Sendo assim, cabe a nós professores saber utilizar o que temos e torná-lo uma ferramenta integradora e multidisciplinar, abrindo espaço para inclusão de saberes extra-escolares, possibilitando a referência a sistemas de significado construídos na realidade dos alunos.

O colega Mágni foi perfeito na sua definição da utilização do livro didático, acho que a função do livro cabe ao seu leitor e proprietário como utiliza- lo, o professor deve usar o livro como uma de suas ferramentas pedagógicas e não como única a ser aplicada, porque se não aula se torna sem atração para o aluno, acho que o interessante é sempre inovar, buscar novas metodologias, mudar estratégias de ensino é um desafio para o aluno e para o professor ler um livro e interpretá-lo como fazer uma leitura virtual com sabedoria. Na minha concepção qualquer recurso é válido desde de que saiba o que está fazendo e saber manuzear a ferramenta que está utlizando. Responsabilidade é tudo.

Meu pensamento é simples: o livro didático é uma ferramenta educacional e, desde que bem utilizada, não deve ser deixada de lado. Metodologias devem ser criadas e serão bem vindas sempre, liberdades devem ser tomadas por cada professor, para cada sala! A variabilidade deve ser driblada!

O livro ainda desempenha um papel muito importante no processo de ensino aprendizagem. Com a avaliação do Mec e a escolha em conjunto com os professores da área, o livro didático melhorou e está sendo um dos responsáveis pela melhoria do ensino no país. Usá-lo como uma das ferramentas de ensino é ainda válido uma vez que a cada três anos ele se renova para não ficar muito desatualizado. Ele é sem dúvida a minha principal ferramenta de ensino. Ele é rico em problemas interessantes, imagens que levam o aluno á analizar e responder. Apesar que a maioria dos alunos tem dificuldades para ler e interpretar, incetivar o aluno a ler deve ser o compromisso de todos os educadores.

VitorApt escreveu:Meu pensamento é simples: o livro didático é uma ferramenta educacional e, desde que bem utilizada, não deve ser deixada de lado. Metodologias devem ser criadas e serão bem vindas sempre, liberdades devem ser tomadas por cada professor, para cada sala! A variabilidade deve ser driblada!

O livro didático Vitor, é um grande alidado do professor e pode ajudar muito quando o professor o conhece bem e identifica a metodologia empregada.

A utilização do livro didático.

O livro didático é uma das principais ferramentas utilizada pelo professor, mas jamais a única. Cabe ao professor saber como utilizá-lo para que suas aulas fiquem mais prazerosas e atrativas. È preciso inovar sempre, diversificando a metodologia e os aproximando da realidade. Por isso, assim como em qualquer outra profissão é necessário conhecermos bem a nossa ferramenta de trabalho.

O Livro Didático é a mola propussora para que o Educando obtenha êxito nas suas atividades escolares, porém é apenas uma das diversas ferramentas educacionais que o mesmo necessita para o seu aprendizado...
Professor de STE Luis Fernando de Souza Guarini Domingues.
Escola Estadual Chico Mendes.
Água Clara - MS.

Eu sempre lecionei Química, uma matéria amada por uns e odiada pela maioria, e sempre tive que trabalhar com conteúdos xerocopiados ou eu mesma montava as minhas apostilas com os conteúdos programáticos.
Este é o primeiro ano que estou trabalhando com o livro didático, para mim está sendo de grande , mas de grande utilidade, posso aprofundar os conteúdos e estou até modificando minhas aulas com o uso dele, podem falar mal se quiserem.
O livro que uso é um dos melhores autores na área de química e eu sou fã dele. O uso do livro didático é de grande valor para meus alunos eles ainda podem pesquisar no próprio livro algum conteúdo que os interessa ou intriga.
Inté. Dorothea

Fábio Vergilio escreveu:O livro ainda desempenha um papel muito importante no processo de ensino aprendizagem. Com a avaliação do Mec e a escolha em conjunto com os professores da área, o livro didático melhorou e está sendo um dos responsáveis pela melhoria do ensino no país. Usá-lo como uma das ferramentas de ensino é ainda válido uma vez que a cada três anos ele se renova para não ficar muito desatualizado. Ele é sem dúvida a minha principal ferramenta de ensino. Ele é rico em problemas interessantes, imagens que levam o aluno á analizar e responder. Apesar que a maioria dos alunos tem dificuldades para ler e interpretar, incetivar o aluno a ler deve ser o compromisso de todos os educadores.

Fábio, concordo com vc e devemos lembrar que a escolha do livro didático é realizada por nós, professores. Parte da responsabilidade na busca por qualidade está em nossas mãos. Abraços, Eunice Maria.

Jadir Alves Moreira Jr. escreveu:

Sem sombra de dúvidas o livro faz parte e de forma alguma, acredito, possa ficar sem ser utilizado em uma sala de aula, uma vez que é uma ferrementa pedagógica riquíssima em ilustrações e principalmente hoje em dia que trás problemas do cotidiano, o livro está começando a sair da mesmice e trabalhando com a realidade dos nossos alunos, está sendo atualizado constantemente, que é o que tem que ser feito, para que os alunos se identifique com a situação alí proposta e se interesse a participar. Porém não basta o livro ter informações valiosissímas e o professor não saber como lidar com tantos subsídios, a meu ver, teria que haver capacitações anualmente aos regentes. E o livro didático tem que ser apenas mais um recurso para as aulas, e não o único, assim, temos que procurar outros recursos para ensinar ao aluno.

Olá Jadir, vcs enquanto professores de sala de tecnologia devem ser incentivadores desses outros recursos. Integrar recursos midiáticos nas aulas é nosso grande desafio!
E meus parabéns a todos pela participação nos fóruns, em especial aos cursistas de Aparecida do Tabuado, dos quais sou tutora neste curso. Estou orgulhosa de vocês!!
Abraços, Eunice Maria.

Embora os avanços tenham que ocorrer, o livro didático é importante como material de apoio. A utilização do mesmo pode ser muito proveitosa se o emprego deste recurso for praticado para a reflexão do aluno com acompanhamento do professor que deve ser o mediador no processo da formação da consciência crítica e escolher o tipo de material mais adequado para as aulas.
Nas minhas aulas de Geografia procuro inserir os acontecimentos do dia a dia ,exibidas na mídia (jornais, revista e tv), agora que é possível complemento com pesquisas na internet( clima por exemplo : previsão do tempo para a cidade naquele momento).Portanto o Livro Didático ainda é um bom companheiro.

O livro didático é uma ferramenta eficiente no processo de aprendizagem.
Sempre trabalhei apenas com o ensino médio, e na disciplina de Geografia ainda não há livro didático, portando trabalho com apostilas montadas por mim. Já este ano estou com 8º e 9º ano do ensino fundamental que possuem livro didático, está sendo uma nova experiência, pois às vezes serve como uma bela fonte de pesquisa que às vezes gera dúvidas que anotamos e agendamos uma aula na sala de informática para sanar as dúvidas, e realizar um pequeno debate em sala, isto é fantástico. Não participei da escolha do livro, mas considero uma tarefa de muit a responsabilidade, pois se bem escolhido será muito bem aproveitado, do contrário poderá ser esquecido. O livro didático não deve ser utilizado sem objetivos assim como qualquer outra ferramenta didática. Devemos sempre complementá-lo e atualizá-lo.

Projeto Squeak e OLPC: http://bertelli.name/2007/04/squeak-e-smalltalk-no-olpc/
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O livro didático é uma ferramenta para auxiliar a aprendizagem, e desde que bem utilizado passa a ser um grande colaborador. A utilização do livro desse ser empregada de forma colaborativa nas aulas, não de deve ficar preso a um determinado livro e buscar alternativas para a continuação das atividades aplicadas aos alunos. Há livros que fornece os conceitos bem explicados e de fácil entendimento, mas que pecam nos exercícios de aplicação, outros vêm com muitas atividades que ajudam à aprendizagem, mas pecam nas explicações dos conceitos, dessa forma cabe ao professor resolver esses problemas com auxilio de outras ferramentas, como por exemplo, vídeos, sala de tecnologia, pesquisas em outros livros.

O livro didático vem se constituindo ao longo da história da educação escolar, como importante recurso, se não o mais importante recurso utilizado por professores e alunos
Para Paulo Freire, mestre que ensinou minha geração de educadores a ler a leitura e a escola.
A escola é um lugar especial. Também especial é o material escolar , que se pode definir como o conjunto de objetos envolvidos nas atividades-fim da escola. Tudo aquilo que ajuda a aprendizagem que cumpre à escola patrocinar – computadores, livros, cadernos, vídeo, canetas, mapas, lápis de cor, televisão, giz e lousa , entre outras coisas – é material escolar.
Na maior parte das escolas brasileiras, alguns desses itens são mais freqüentes do que outros. Entre os mais raros, incluem-se, provavelmente, computadores e aparelhos de vídeo. Dentre os mais comuns, giz e lousa.
Geralmente, livros não-didáticos dispensam seus leitores de qualquer gesto que ultrapasse a leitura individual, o que, aliás, não é pouco, se se entender leitura no sentido amplo de produção e alteração de significados, de envolvimento afetivo, de experiência estética.
O manual de instalação de um aparelho, por exemplo, produz significados, na medida em que, a partir da leitura dele, seu leitor aprende a instalar um videocassete, distinguindo pólo positivo de pólo negativo e ambos do fio de terra, ligando cabos diferentes a diferentes chaves, e assim por diante.
Um livro de receitas, por sua vez, ao sugerir que o leitor cozinhe abóbora com feijão, produz significados para os leitores que jamais cozinharam ou viram cozinhar aquele vegetal alaranjado de casca dura e cheio de sementes; mas também altera significados para aqueles leitores que, até lerem a receita, só sabiam que se utilizava abóbora como ingrediente de doce e que só tinham comido feijão cozido com lingüiça.
Os livros didáticos, também, podem patrocinar todas estas modalidades de leitura que os livros não-didáticos proporcionam, muito embora pareça pouco provável que um livro de Ciências provoque envolvimento estético, ou que um livro de poesia forneça informações científicas..., mas é preciso não esquecer que, no reino das linguagens e dos livros ( e até mesmo no reino dos livros didáticos!) tudo é possível: estudos sobre a vegetação original de certas regiões da terra recorreram a quadros e a tapeçarias antigas para conhecimento da aparência de certas plantas...
Em sociedades como a brasileira, livros didáticos e não-didáticos são centrais na produção, circulação e apropriação de conhecimentos, sobretudo dos conhecimentos por cuja difusão a escola é responsável. Dentre a variedade de livros existentes, todos podem ter – e efetivamente têm – papel importante na escola.
Didático, então, é o livro que vai ser utilizado em aulas e cursos, que provavelmente foi escrito, editado, vendido e comprado, tendo em vista essa utilização escolar e sistemática. Sua importância aumenta ainda mais em países como o Brasil, onde uma precaríssima situação educacional faz com que ele acabe determinando conteúdos e condicionando estratégias de ensino, marcando, pois, de forma decisiva, o que se ensina e como se ensina o que se ensina.

O livro didático e uma grande ferramenta no ensino-aprendizagem, porém não deve ser a única. Cada professores tem que saber utilizá-lo da melhor forma possível de maneira prática e não servindo apenas para se fazer cópias. Existem livros que não trazem o conteúdo a ser trabalhado de forma explicada e de fácill entendimento para os alunos, então temos que ter sempre diversos livros para auxiliarmos.

Helena escreveu:O livro didático é uma ferramenta eficiente no processo de aprendizagem.
Sempre trabalhei apenas com o ensino médio, e na disciplina de Geografia ainda não há livro didático, portando trabalho com apostilas montadas por mim. Já este ano estou com 8º e 9º ano do ensino fundamental que possuem livro didático, está sendo uma nova experiência, pois às vezes serve como uma bela fonte de pesquisa que às vezes gera dúvidas que anotamos e agendamos uma aula na sala de informática para sanar as dúvidas, e realizar um pequeno debate em sala, isto é fantástico. Não participei da escolha do livro, mas considero uma tarefa de muit a responsabilidade, pois se bem escolhido será muito bem aproveitado, do contrário poderá ser esquecido. O livro didático não deve ser utilizado sem objetivos assim como qualquer outra ferramenta didática. Devemos sempre complementá-lo e atualizá-lo.

Colega Helena...... eu participei da escolha do livro para minha matéria e por sorte recebemos a primeira opção.
Eu também trabalhava com apostilas elaboradas por mim, mas nelas colocamos o que nós achamos importante e o livro trás todos os conteúdos curriculares. Ele é muito bom acompanhado de todos os outros recursos audiovisuais e agora a sala de informática, como é chamada pelos alunos. Ela veio para nos colocar dentro do mundo deles, os alunos adoram quando podem ir para a sala de tecnologias.
Beijão
Dorothea

O livro didático é uma ferramenta excelente, quando faço uso exploro o máximo, mas claro não é a única a ser utilizada, temos que sempre estar complementando, com a pesquisa na sala de tecnologias, vídeos etc.
O conceito do livro didático já mudou muito, hoje ele é escolhido por professores da área, com o parecer do Mec, os conteúdos estão de acordo com os referencias.
Existem livros que vem faltando algumas citações, ou com poucos exercícios, ou até com temas desatualizados, por isso que precisamos sempre fazer complementações de outras fontes.